quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Por onde andas?

E os dias são difíceis. Adiou alguns sonhos. Mas nunca foi de remoer dificuldades. Acredita que a vida passa e nós vamos mudando de fase.  Anda meio desbotada, ausente de paixões. E não pense você que é por falta de pessoas. Não. Está sozinha por querer. A maturidade torna a pessoa mais cuidadosa, seletiva, exigente. E se por um lado, não é mais nenhuma menina para gastar seus dias com amores platônicos. Por outro, não abre mão da paixão, do frio na barriga e de madrugadas temperadas. Sonha com um cara que a enlouqueça com coisas simples, que fique incrivelmente charmoso com a barba para fazer, com um emprego bacana, talvez. Claro que sonha, é impetuosa mas não deixou de ser mulher, poxa vida. Era isso que queria saber? Satisfeito? Ela anda, caminh(ando), pedal(ando), rem(ando). –Uma dose de endorfina, pura, sem gelo, por favor!  Devo confessar que o jeito arredio, os ronronados, os trejeitos dissimulados, o sorriso grande, e o biquinho de chateada, permanecem. Da mesma forma que o Vinho Safra Ruim continua com o mesmo sabor. Da mesma forma que, trimestralmente, esperar com um sorriso no rosto a chegada do vôo de um Amor Amigo, que mesmo longe, na verdade, nunca se foi. Não escreve texto para ninguém. Mas vira personagem dos textos de alguns. Talvez enlouqueça a si. Talvez enlouqueça os outros. Anda meio confusa, barroca, contraditória. Anda feliz, tristonha, desorientada e dona de si. Anda saudosa, ansiosa, maliciosa. Anda sossegada, ousada, armada. Mas parada não fica. Anda. Sempre anda!

Besos!