PARA ( 2 ) VOCÊ.

Quando eu deixei de te amar?  Foi exatamente como aquela musica do Nenhum de Nós. Esse foi um beijo de despedida, que se da uma vez só na vida... Uma noite de despedida. Para que? Capricho? Não. A nossa historia foi muito bonita, pelo menos para mim. Não dava para terminar tudo daquele jeito feio. E se naquela noite eu insisti tantas vezes em querer beijos, foi só porque não conseguia mais reconhecer o Cara que me apaixonei em nenhum deles. Hoje acho tão estranho as pessoas me perguntarem de você. De você eu nada sei. É um total não saber. É um não saber, nem mesmo, se quero saber. E quem vai apimentar a tua rotina gora?  Isso não é mais problema meu. Descobri que pode haver outros iguais a você. E que aquele Cara apaixonante, engraçado, incrível, era só alguém que eu idealizava e que na verdade nunca existiu. Enquanto a mim. Sabe aquela mistura da menina danada que eu era, com mulher responsável que você sempre quis que eu me tornasse? Pois é... Aconteceu. Me sinto assim. Pena que essa mulher não quer mais alguém como você. Não quero um rapazinho padronizado. Que ouvi musicas da moda. Que freqüenta lugares badalados, cheios daquelas pessoas todas iguais. Que namora uma garota que parece tão fútil quanto as musicas que ela deve carregar em seu ipod. Antes eu me perguntava: O que ela tem que eu não tenho? Até hoje eu não sei. A diferença de antes para agora é que; EU NÃO PRECISO SABER. Eu sei quem sou. E incrivelmente, esse texto não é sobre você. Ou sobre nós. Esse texto é para o Meu Amor Amigo, que está aqui, agora, cochilando no carpete do apartamento depois de ter esmorecido com uma briga e algumas taças de vinho. É isso mesmo, Amor Amigo! É para você.  Está aí tuas respostas. A gente não precisava ter brigado, não é mesmo? Mas, eu insisto em ter aquela maldita mania de ser sincera. Mesmo que doa. Estou aqui agora te olhando dormir enquanto uso o teu notebook para escrever isso. Coisas que eu deveria ter dito a minutos atrás. Só que a raiva não deixou. Eu detesto brigar contigo. Ainda mais depois do nosso maravilhoso feriado de carnaval. A gente não fez nada. E até fazer nada contigo é bom. Porque a gente não precisa de nenhum motivo para ficar juntos. Você não precisa chegar na minha casa em hora marcada, nós não precisamos  inventar um casamento, um show, um chá de panela, criança, prato, frigideira ou qualquer outra coisa. E é por isso que não te chamo de namorado, você é meu Amor Amigo, meu Respectivo. Porque compromisso não vale mais do que coração. E apesar de carregar o bolso cheio de magoas vindas de outra história... Eu estou me esforçando para ser sua, só sua. É verdade, eu e o outro CarINHA (como você o costuma chamar)  um dia encaixamos em uma mesma história, em uma mesma casa, em um mesmo quarto, em uma mesma cama. A diferença é que você e eu encaixamos perfeitamente na palavra: Nós. Agora deixa desse medo bobo. O Carinha é passado, passou. O encanto acabou. Eu não vou trocar o teu abraço por alguns e-mails. Aprenda viver onde eu sou. Agora vou tomar um banho, te acordar com beijo, e esperar começar a  briga de travesseiros pelo lado esquerdo da cama.  Eu não sei o que seria da minha alegria sem VOCÊ